Em abril de 2013 um grupo de pilotos aventureiros saiu do Rio de Janeiro e São Paulo em direção ao Salar de Uyuni e a Carretera da Morte, na Bolívia, ao Lago Titicaca e Machu Picchu, no Peru e ao Deserto de Atacama no Chile. A aventura cruzou a Argentina de leste à oeste e trouxe muitas aventuras para o grupo.
Os aventureiros fora Anderson Barreto (RJ), Danilo Guimarães (SP), Felipe Ribeiro (SP), Victor Barandier (RJ) e Thiago Carvalho (RJ). Todas as motocicletas envolvidas no projeto foram Yamahas XT 660 R e tiveram números de consumo muito parecidos ficando entre 19 e 24 km/l durante toda a viagem. O preço da gasolina variou entre (o equivalente à) R$ 3,10 e R$ 3,40 na Argentina e Chile e entre R$ 2,80 e R$ 3,10 na Bolívia e Peru.
Todos os trâmites aduaneiros nas fronteiras pelas quais a equipe passou foram muito rápidos, ágeis e sem complicações ou demoras desnecessárias, apesar de termos ouvido rumores negativos sobre as aduanas bolivianas e peruanas. Também ouvimos rumores sobre questões de segurança (ou falta dela) na Bolívia – e até relatos de casos concretos – mas em momento algum a equipe se sentiu insegura ou ameaçada, muito pelo contrário.
Leia abaixo como foi o “Diário de Bordo” desta aventura e depois veja as fotos clicando no link no fim da página!
Dia: 01/04/2013
De Macaé/RJ (e Vassouras/R) à Mogi das Cruzes/SP (+/- 600 kms)
Os pilotos do RJ fizeram o deslocamento até a cidade de Mogi das Cruzes, na Grande SP, em seu primeiro dia de viagem. Encontraram tempo bom e sem nenhum contratempo durante a viagem. O pernoite foi na casa do piloto Felipe Ribeiro.
Dia: 02/04/2013
De Mogi das Cruzes/SP à Foz do Iguaçu/PR (+/- 1.100 km)
Os aventureiros partiram de Mogi das Cruzes por volta das 5:00 h da madrugada desse dia para encontrar-se com Danilo (o último piloto a se juntar ao grupo) na Rodovia Castelo Branco e seguir em direção à tríplice fronteira (Brasil/Argentina e Paraguai), onde entrariam na Argentina logo na manhã do dia seguinte. Esse foi um dos trechos mais complicados dessa primeira semana de viagem.
Não pela distância à ser percorrida (mais de 1.000 km) mas sim porque boa parte desse trecho foi percorrida sob uma chuva intensa que não deu trégua durante quase 800 km e obrigou os aventureiros à pilotarem por quase 18 horas consecutivas, sob condições ruins e perigosas,chegando em Foz depois das 23:00 h.
Já próximo à Foz do Iguaçu a motocicleta do Thiago começou a apresentar problemas na aceleração e no funcionamento do motor, oscilando demais o giro e apresentando falhas típicas de problemas de carburação (o que não poderia ocorrer, uma vez que a XT660R possui I.E.). Problema que fiou para ser resolvido na manhã do dia seguinte.
Dia: 03/04/2013
De Foz do Iguaçu/PR à Ituzaingó/ARG (+/- 400 km)
A primeira coisa que foi feita nesse dia foi buscar auxílio de uma concessionária Yamaha. Com a ajuda da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu chegaram à Pico Motos, depois de informarem à equipe da concessionária que estavam no início de uma grande viagem, e que tinham o apoio de outra concessionária Yamaha ( Moto Land, de Barra do Piraí/RJ), foram atendidos de imediato.
O problema da motocicleta do Thiago aparentemente era um mau contato em alguns componentes elétricos que, com a chuva abundante do dia anterior, passaram a apresentar problemas. Por volta das 12:00 h saíram da concessionária com o problema solucionado, ou ao menos parecia que sim e entraram na Argentina.
Entraram na Argentina por volta das 14:00 h e rodaram 400 km quando mais um imprevisto ocorreu : Thiago perdeu seu celular e – mais importante – sua carteira com documentos e boa parte de seu dinheiro.Já eram quase 20:00 h quando isso aconteceu. No meio da estrada, com a noite escura,começou uma busca pelos itens perdidos (que tinham sido vistos pelo dono, pela última vez, mais de quarenta quilômetros atrás, num posto de gasolina).
O celular foi localizado, a carteira (e os documentos) não. Isso impediu Thiago de continuar a viagem e ele se viu obrigado à retornar ao Brasil no dia seguinte.
Dia: 04/04/2013
De Ituzaingó/ARG à Pres. Roque Saens Peña/ARG (+/- 420 km)
O dia amanheceu chuvoso novamente. Desde a madrugada chovia torrencialmente na cidade e às 8:00 h da manhã as ruas estavam alagadas e continuava chovendo muito forte. Enquanto os pilotos que seguiriam viagem se preparavam para encarar a tempestade e atravessar o país em direção ao noroeste, Thiago partiu de volta ao Brasil. O dia que começou frio, feio e chuvoso aos poucos foi se transformando num dia ensolarado e quente. Mais uma vez o percurso percorrido aquele dia ficou abaixo do esperado porém o dia seguiu sem outros imprevistos.
Dia: 05/04/2013
De Pres. Roque Saens Peña/ARG à San Salvador de Jujuy/ARG (+/- 700 km)
Num belo dia de sol e temperatura agradável, foi assim que os pilotos atravessaram o famoso Pampa Del Infierno. Um dia de pilotagem tranquila, com lindas paisagens que puderam ser bem aproveitadas uma vez que a maior parte desse trecho é composta de retas intermináveis (e tediosas). Aqui nesta cidade começa a “subida” para a altitude, uma vez que Jujuy está localizada à 1.238 m de altitude. Este foi o primeiro “degrau” da escalada que chegaria aos 4.800 m de altitude em poucos dias.
Dia: 06/04/2013
De San Salvador de Jujuy/ARG à La Quiaca/ARG(+/- 283 km)
Outro belo dia ensolarado, de céu azul límpido e sem nuvens. A previsão aqui era sair de Jujuy e ir visitar a cidade de Iruya, como estava previsto no roteiro original. Infelizmente isso não foi possível devido à problemas estomacais que o jantar da noite anterior causou em dois dos pilotos (Victor e Felipe) que, coincidentemente, comeram a mesma coisa no jantar. Um deles vomitou muito enquanto o outro teve problemas intestinais.
Na entrada para Iruya, onde teriam de enfrentar cerca de 60 km de estradas sem pavimentação, o bom senso do grupo prevaleceu e decidiram abortar esse passeio. Seguiram direto para La Quiaca, chegando na fronteira entre Argentina e Bolívia depois de inúmeras paradas de emergência. La Quiaca está situada a aproximadamente 3.500 m de altitude e fez os outros integrantes do grupo (Danilo e Anderson) passarem muito mal com o “Mal de Altitude”, chegando a desmaiar em mais de uma ocasião. Graças a Deus isso ocorreu depois de estarem alojados no hotel e em segurança, mas poderia te ocorrido ainda durante a pilotagem. Aqui fica um registro muito importante : NUNCA SUBESTIME OS EFEITOS DA ALTITUDE EM SEU CORPO.
Danilo e Anderson são mais jovens (e provavelmente mais bem preparados fisicamente) que os demais pilotos, talvez por isso tenham deixado de se preparar corretamente de maneira preventiva (falaremos disso em outro post), ao contrário de Victor e Felipe. Com a devida preparação, nenhum dos dois pilotos mais experientes sentiu qualquer efeito da altitude. Outro fator que contribuiu para o aparecimento do “Mal de Altitude” foi a subida muito rápida : em menos de 300 km os pilotos passaram de +/- 1.200 m para quase 3.500 m de altitude, se possível, o ideal é subir bem mais devagar.
Dia: 07/04/2013
De La Quiaca/ARG à Tupiza/BOL(+/- 100 km)
Dias ensolarados e de céu limpo seriam uma constante daqui pra frente, dessa vez não foi diferente. A previsão era de chegar a Uyuni ainda nesse dia mas como o grupo acordou ainda sob os efeitos das dificuldades do dia anterior (mal de altitude, problemas estomacais e intestinais) e como o trecho entre Tupiza e Uyuni seria feito “fora de estrada”, decidiram percorrer menos kms nesse dia, chegar cedo em Tupiza e repôr as energias para encarar o dia seguinte com mais segurança. Foi o que fizeram. Depois de fazer os trâmites fronteiriços (que foram extremamente rápidos e ágeis, ao contrário de todas as informações que tínhamos recebido anteriormente), seguiram para seu primeiro pernoite boliviano. O trecho curto mas repleto de belas imagens foi realizado sem problemas e gerou diversas fotos de qualidade que poderão ser apreciadas em outro post, mais adiante.
Dia: 08/04/2013
De Tupiza/BOL à Uyuni/BOL (+/- 220 km)
O trecho entre Tupiza e Uyuni é – relativamente – curto, são aproximadamente 220 km dos quais 208 km OFF ROAD. Curto em distância talvez, mas longo e repleto de lindas paisagens que se sucediam sem parar. Tanto é que a equipe levou quase NOVE HORAS para percorrer esse trecho devido as paradas constantes para fotografias e filmagens.
O pavimento em si não é de difícil tráfego, pelo menos não de modo geral. Alguns trechos exigem maior atenção e cuidado na pilotagem mas, via de regra, velocidades acima de 60 km/h eram obtidas sem dificuldades (em alguns trechos, velocidades próximas dos 100 km/h foram atingidas). De fato, o que “atrasou” a viagem foram as belas paisagens.
No final de tarde o sol – incidindo lateralmente – gerava sombras fundas e demarcadas no piso, dificultando a identificação nítida de problemas e obstáculos. Isso causou um acidente – sem maiores consequências – com um dos pilotos : Felipe (leiam mais sobre esse acidente em um post futuro). Victor também caiu “quase parado” num trecho de areião, depois de ter de desviar repentinamente da motocicleta de Anderson, sem consequência nenhuma.
Dia: 09/04/2013
Turismo em Uyuni/BOL
Depois de um série de dias ensolarados e de céu azul essa terça-feira amanheceu clara mas nublada. Obviamente que um dia de sol seria muito mais bem vindo mas só o fato de não estar chovendo no dia em que a equipe visitaria o Salar de Uyuni já foi um ponto positivo. SAL + CHUVA + MOTOR QUENTE seria uma combinação não muito boa para as motocicletas que ficariam infestadas de cristais de sal.
Esse foi um dia tranquilo de passeio pelo Salar e descobrimento de uma sensação nova : pilotar no meio do deserto de sal, uma sensação única e indescritível.
Dia: 10/04/2013
De Uyuni/BOL à Oruro/BOL (+/- 520 km)
Mais um dia ensolarado durante o trajeto entre Uyuni/Potosi e Oruro. Estradas novas e com piso em ótimas condições propiciaram uma viagem tranquila e com lindas paisagens, a única preocupação ficou por conta da grande quantidade de lhamas e cabras criadas à beira das estradas e que, muitas vezes, cruzavam a estrada na frente dos pilotos. Em uma das curvas, Danilo quase “abraçou” uma dessas lhamas. Nada além do susto e de um aviso para pilotarem com mais cautela (e menos velocidade).
Dia: 11/04/2013
De Oruro/BOL à Coroico/BOL (+/- 350 km)
A estrada entre Oruro e La Paz está em obras de reforma e conservação, aliado ao tráfego intenso de caminhões e vans de passageiros, fez com que a velocidade média nesse trecho fosse muito reduzida e a viagem um tanto tensa para os pilotos. Logo na saída de Oruro os pilotos foram abordados pela polícia rodoviária que alegava que os mesmos haviam passado acima do limite de velocidade num trecho em obras. Depois de um pouco de conversa e um contribuição financeira os pilotos deixaram a cidade de Oruro para trás e seguiram para seu próximo destino. O trânsito em La Paz (e nas cidades bolivianas em geral) é caótico. Milhares de táxis, vans, caminhões e ônibus disputam espaço nas ruas da cidade. Respeito as leis de trânsito é algo incomum e a buzina é acionada com tanta frequência quanto possível. Pedestres também fazem sua parte nesse caos e atravessam as ruas em meio aos carros, surgem de todos os lados e também disputam espaço com os veículos automotores, algo difícil de ser descrito e, mais difícil ainda de ser administrado com segurança. Mas foi, graças à Deus. Chegaram em Coroico no começo da noite, depois de pilotarem um bom trecho sob uma forte neblina.
Dia: 12/04/2013
De Coroico/BOL à El Alto/BOL (+/- 350 km)
Coroico fica aos pés da Carretera da Morte. O mais comum é que os aventureiros, em sua maioria ciclistas e motociclista, desçam a estrada baixando de, aproximadamente, 4.300 m de altitude para apenas 1.750 m, que é a altitude da cidade de Coroico. Nossa equipe fez o contrário, descendo até Coroico pela estrada nova, pernoitando na cidade e subindo a famosa Carretera da Morte na manhã do dia seguinte. A subida teria sido tranquila, não fosse por um ciclista que descia na CONTRAMÃO e, numa curva, chocou-se de frente com a motocicleta do piloto Felipe Ribeiro.
Mesmo o equipe fazendo o trajeto inteiro buzinando em todas as curvas do caminho para evitar esse tipo de acidente, dessa vez não teve jeito. O ciclista, que usava capacete de proteção, bateu na moto em movimento (quase parada) e foi ao chão, não sem antes quebrar a “bolha” da moto com a cabeça (capacete). Depois de verificar que o prejuízo havia sido só financeiro (e de dar um belo sermão em inglês no ciclista “gringo” que não teve outra saída além de se desculpar e abaixar a cabeça) nossos aventureiros seguiram viagem para pernoitar na cidade de El Alto, que faz parte da região metropolitana de La Paz.
Dia: 13/04/2013
De El Alto/BOL à Puno/PERU (+/- 260 km)
Um sábado de sol e muito caos no trânsito de La Paz, foi assim que começou o último dia em território Boliviano para nossa equipe de aventureiros. A saída da Bolívia nesse trecho pode ser feito por duas aduanas diferentes : Desaguadero e Yunguyo (passando por Copacabana), os pilotos optaram pela segunda opção. Além de ser um trecho mais bonito, seguia margeando o Lago Titicaca. Além disso, tinham notícias de que a aduana de Desaguadero é mais movimentada e lenta em seus trâmites. A decisão se mostrou acertada pois trafegaram por estradas em excelentes condições, com belas paisagens e fizeram os trâmites aduaneiros de forma simples, rápida e tranquila. Tanto para sair da Bolívia quanto para entrar no novo país, o Peru.
A curiosidade aqui ficou por conta – mais uma vez – da polícia boliviana que exigiu que os aventureiros passassem em seu “escritório” antes da sair o país (mesmo depois de já terem feito todos os trâmites legais de saída), mais uma vez um bom bate-papo e uma pequena contribuição resolveram o problema da “falta de SOAT (Seguro Obrigatório para Acidentes de Trânsito)” para trafegar na Bolívia e os pilotos foram liberados. Chegaram em Puno no início da noite.
Dia: 14/04/2013
De Puno/PERU à Cusco/PERU(+/- 400 km)
Puno é uma cidade maior e, segundo os aventureiros, decepcionou um pouco à todos eles. Apesar de o “centrinho” ser muito bonito com calçadões, restaurantes, lojas, monumentos, etc. o restante da cidade é um tanto sujo e não correspondeu às expectativas de uma cidade às margens do Lago Titicaca. Infelizmente, com o roteiro atrasado, não puderam visitar a ilha flutuante dos Uros no lago e seguiram em direção à Cuzco na manhã de domingo. Logo na saída de Puno foram parados pela polícia peruana sob a alegação de que estavam acima do limite de velocidade. Juntou-se à isso o fato de ainda não terem adquirido o SOAT (pois era domingo, lembram-se?) e tiveram de bater mais um papinho com os policiais – e outra contribuição.
Foram informados de que poderiam comprar o SOAT num shopping center em Juliaca (um pouco mais à frente) e foi o que fizeram, escapando de mais “conversas e contribuições” em outras duas ocasiões nesse mesmo trecho. A estrada se encontra em boas condições mas com um trânsito intenso – talvez por ser domingo – além de animais soltos nas proximidades das estradas (lhamas, ovelhas, cabras, vacas, cavalos,etc.) e chegaram em Cuzco no começo da noite. Já em Cuzco procuraram a Plaza de Armas, ao redor da qual a oferta de hotéis e outras opções de hospedagem é abundante.
Dia: 15/04/2013
Turismo em Cusco/PERU
A equipe aproveitou o dia livre em Cuzco para conhecer a cidade e seus atrativos e também para buscar opções de passeio para Machu Picchu (veja o post sobre o passeio mais adiante).
Dia: 16/04/2013
Turismo em Cusco/PERU
Passeio em Ollantaytambo, Aguas Calientes e Machu Picchu.
Dia: 17/04/2013
De Cusco/PERU à Arequipa/PERU(+/- 620 km)
A quarta-feira amanheceu clara, com sol e tempo limpo em Cusco mas foi ficando nublada conforme nosso equipe “descia” em direção à Juliaca. Na chegada a Juliaca o tempo já se encontrava fechado e a ameaça de chuva era evidente. Ao cruzar a região de Laguna Lagunillas (+/- 4.200 m de altitude) nossos aventureiros – que já pilotavam sob chuva e um frio intenso – avistaram algo que julgaram ser “neblina” no cume das montanhas à frente. Ledo engano, era neve.
A neve bloqueou o tráfego logo à frente de nossos pilotos e deixou a pilotagem ainda mais tensa e difícil. Isso fez com que chegassem à Arequipa por volta das 22:00 h, sem nenhuma ocorrência de quedas ou tombos, apenas muito castigados pelo frio.
Dia: 18/04/2013
De Arequipa/PERU à Tacna/PERU(+/- 400 km)
Mais um dia ensolarado presenteou nossa equipe nesse lindo trecho margeando o Oceano Pacífico. Uma sucessão de belas paisagens fez com que nossos aventureiros levassem mais tempo do que o planejado para percorrer esse trecho e ficaram impedidos de chegar a Arica/CHILE, que era seu destino final planejado para esse dia. Pernoitaram em Tacna.
Dia: 19/04/2013
De Tacna/PERU à Iquique/CHL (+/- 380 km)
Outro dia ensolarado acompanhou os pilotos nesse trecho margeando o Oceano Pacífico. Os trâmites aduaneiros – que, por mais rápidos que tenham sido – e trechos em obras na parte chilena da Carretera Panamericana – além das fotos, claro – fizeram com que nossa equipe chegasse à Iquique no começo da noite e optasse por pernoitar por lá mesmo, ao invés de seguir para Calama (distante ainda 400 km).
Dia: 20/04/2013
De Iquique/CHL à Calama/CHL (+/- 390 km)
À partir de Iquique nossa equipe seguiu em direção à San Pedro de Atacama, passando por Calama. A intenção era pernoitar já no deserto porém mais obras nas estradas (dessa vez com longos trechos de desvios off-road e com tráfego de veículos mais intenso), um pequeno “erro de percurso” (que aumentou o trecho a ser percorrido em + de 80 km) e um pneu furado na moto do Victor, atrasaram novamente o cronograma da equipe que pernoitou em Calama mesmo.
Dia: 21/04/2013
De Calama/CHL à San Pedro de Atacama (+/- 120 km)
Mais uma vez as obras na estrada atrasaram um pouco a chegada de nossa equipe à S.P. de Atacama, aliado ao fato de terem saído de Calama por volta das 10:00 h da manhã, só conseguiram chegar em S.Pedro próximo às 13:00 h. Aproveitaram o horário de chegada – e também o fato de ser domingo – para escolher um local bem posicionado (e com bom custo benefício) para se instalarem, e saíram em busca de pacotes de passeio pela região, já que estavam com seu cronograma muito atrasado e teriam apenas um dia para turismo.
Aproveitaram também para conhecer o centro do povoado (de apenas 2.000 habitantes fixos) e as ruínas de Pukara de Quitor e a famosa igreja de San Pedro de Atacama.
Dia: 22/04/2013
Turismo em San Pedro de Atacama
Nossos aventureiros contrataram uma excursão guiada ao famoso Geiser El Tatio, que saía às 4:00 h da madrugada. Foram avisados pela agência de turismo que faria frio naquela região já que S.P.de Atacama está à 2.400 m de altitude e o gêiser fica à +/- 4.200 m. Só que não foram avisados que faria tanto frio : -7 C . Visitaram ainda algumas lagunas com fauna local e depois seguiram de volta para S.P.A.
Dia: 23/04/2013
De San Pedro de Atacama à S.Salvador de Jujuy/ARG (+/- 500 km)
Aqui começou o deslocamento de volta para casa de nossa equipe. Um dia ensolarado e sem qualquer imprevisto, apenas o frio de -3 C no Paso de Jama. Chegaram no meio da tarde em Jujuy.
Dia: 24/04/2013
De S.Salvador de Jujuy/ARG à Resistência/ARG (+/- 850 km)
Mais um dia ensolarado e dessa vez quente, não em excesso (como era de se esperar no famoso Pampa Del Infierno), mas bem mais quente que nos dias anteriores. Um dia entediante e de retas sem fim. A saudade de casa começava a apertar.
Dia: 25/04/2013
De Resistência/ARG à Campo Mourão/PR(+/- 960 km)
Tempo bom, temperatura agradável/quente e mais retas sem fim. Com a saudades da família, nossa equipe apertou o passo e rodou quase 1.000 km depois de mais de 20 dias de estrada. Nesse trecho o piloto Danilo se separou do restante do grupo em Maringá/PR e seguiu ao encontro de sua família no interior de São Paulo.
Dia: 26/04/2013
De Campo Mourão/PR à Mogi das Cruzes/SP (+/- 800 km) e Vassouras/RJ (+/- 1.150 km)
Mais um dia de sol marcou a chegada de mais dois dos membros da equipe em suas casas : Felipe (Mogi das Cruzes) e Victor (Vassouras). Anderson, o último integrante da equipe dormiu em um hotel, à beira da Rod. Presidente Dutra em Barra Mansa/RJ.
Dia: 27/04/2013
De Barra Mansa/RJ à Macaé/RJ (+/- 310 km)
Depois de rodar cerca de 300 km, Anderson chega em sua residência e finaliza a “Expedição Inca 2013″. Todos os participantes chegaram em casa em segurança depois de uma bela aventura.
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Texto: Felipe Ribeiro
Fotos: Todos os membros da equipe